No contexto da sociedade globalizada e tecnológica, novos desafios são colocados para a
sociedade e, consequentemente, para a educação. Novos cenários, tempos e espaços diferenciados
implicam na mudança do paradigma educacional. A globalização rompeu com uma ordem geopolítica e
comercial baseada nos conceitos de Estado e Nação. A sociedade industrial aboliu as fronteiras territoriais,
integrou os mercados e ampliou o potencial das comunicações e a velocidade no circuito das informações.
Na sociedade atual as relações sociais não mais se prendem ao contexto local, mas ampliaram-se as
possibilidades de conexões globais.
Na fase pré-moderna,“... as principais agências socializadoras eram a família, as religiões, a escola (nos países centrais), a política, a cultura oral e, mais tardiamente, a comunicação, sobretudo impressa; esse papel é preenchido pelo mercado global, a tecnologia informática e a indústria cultural. A televisão é o veículo por excelência de uma cultura para as massas. Nessa situação são redimensionados, à própria revelia, os espaços urbanos, familiares, religiosos, educacionais e laborais. Daí resulta um padrão civilizatório mundializado marcado pela transição entre hegemonias e pelo violento embate entre padrões “arcaicos” e contemporâneos.” (Ribeiro, 2003).
A mobilidade e a rapidez nos deslocamentos, próprios dos grandes centros urbanos tornou-se uma
espécie de regra que rege os comportamentos humanos. Não são apenas os homens que mudam de
lugar, mas também os produtos, as mercadorias, as imagens, as idéias, as informações. De acordo com
Santos (1994) tudo voa, daí a ideia de desterritorialização, que pode significar também, desculturização.
De acordo com Ortiz (2002, p. 273), a noção de territorialidade já não se encontra associada à
materialidade do entorno físico. As técnicas (como o cinema, a TV, computador, satélites) aproximam as
pessoas, podendo-se “falar da existência de relações sociais planetarizadas, isto é, de um mundo real e
imaginário que se estende de forma diferenciada é claro, por todo o planeta”. As técnicas citadas acima
contribuíram para aproximar o que se encontrava isolado ou fixado em uma determinada unidade social
particular, como o país, a aldeia ou a cidade.
Com a mundialização da cultura, “a oposição ‘global’ – ‘nacional – ‘local’, torna-se problemática”
para Ortiz, uma vez que a cultura, para existir, deve se tornar uma dimensão da vida cotidiana, devendo,
portanto, se localizar. Entretanto, ao se “localizar”, ela “rearticula as relações de força dos lugares nos quais
se enraíza”, e assim, “o que denominamos de ‘local’ já contém elementos do ‘nacional’ e do ‘global’” (p. 273-274). Veja mais aqui
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| Ciberespaço e Cibercultura interligando o mundo. |
Postado Por: Williamberg Christoferson P. de Araujo
Comentários da Equipe:
O ensino é algo muito complexo, uma vez que o aprendizado, ou seja, a absorção de conhecimento, não é apenas apresentar o conteúdo e sim apresentar passo a passo o assunto, de forma que o aluno tenha tempo para entender e absorver.
Por: Victor Albino Bolorino de Carvalho
O Ciberespaço pode interligar o ensino em várias partes do mundo, o maior problema seria o etnocentrismo. Hoje passa na televisão uma propaganda de uma escola de inglês online, onde quem da aula é um professor americano direto dos EUA. Fica evidenciado que estão querendo tomar conta do ensino de dentro de seu país. A internet é uma ótima ferramenta de estudo, mas precisamos ficar de olhos abertos.
Por: Vinicius Rodrigues Siqueira
